Bolsonaro é indiciado por tentativa de golpe militar

Foto: reprodução

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é indiciado nesta quinta-feira (21) por tentativa de golpe de Estado. O indiciamento ocorreu após uma investigação que durou dois anos, revelando que Bolsonaro tentou modificar os resultados das eleições de 2022 para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação foi formalizada em Brasília, onde a Polícia Federal apresentou as evidências ao Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro, ex-presidente do país, nega as acusações e afirma que sempre agiu dentro dos limites da Constituição.

Ser indiciado significa que a pessoa é formalmente acusada de um crime após uma investigação policial. No caso de Bolsonaro, o indiciamento pode ter um impacto significativo no cenário político da direita brasileira. Após o indiciamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisará o caso e poderá arquivá-lo, solicitar mais investigações ou apresentar uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e enfrentará um processo penal, com coleta de provas, interrogatórios e audiências. Ao final, o STF decidirá sobre sua culpa ou inocência, e, se condenado, ele poderá enfrentar penas severas, incluindo prisão.

Em suas redes sociais Jair afirmou: “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”.

Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas foram indiciadas. Entre elas estão dois generais aposentados que serviram como ministros em seu governo: Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Braga Netto foi acusado de planejar e coordenar ações militares, enquanto Heleno foi indiciado por fornecer apoio logístico e estratégico. Outros indiciados incluem Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal, acusado de financiar o golpe, e Mauro Cid, ex-secretário pessoal de Bolsonaro, que teria gerenciado comunicações e operações logísticas.

Jair Bolsonaro enfrenta acusações de organização criminosa nos inquéritos das joias sauditas e da fraude do cartão de vacinação contra a Covid-19. Ele é acusado de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos no caso das joias, e de fraude em registros vacinais. Esses crimes, somados ao recente indiciamento, questionam sua legitimidade como líder político e enfraquecem sua posição na direita brasileira, minando a confiança de seus apoiadores e complicando sua carreira política.

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