Essa semana o partido se mostrou dividido entre Bolsonaro e Tarcísio sobre a reforma. A votação da PEC é histórica para o Brasil
“Se o PL tiver unido não aprovada nada”, diz Bolsonaro, em reunião do PL essa semana. Mas a Reforma Tributária passou, e com o apoio de 20 deputados do partido. A Câmara Federal aprovou nesta quinta-feira (7) em votação história a Proposta de Emenda à Constituição que altera o sistema tributário brasileiro.
A discussão da Reforma Tributária se arrastava há 30 anos no nosso país. Foram 382 votos a favor e 118 contrários. Para ter avanço, a proposta precisaria de 308 votos. Agora, a PEC vai ao Senado.
Resumidamente, a PEC visa unificar impostos. Uma das grandes expectativas da mudança será zerar os impostos da cesta básica, que está no texto legislativo. Contudo, ainda haverá discussão para verificar quais itens entrará nesta cesta.
Uma coisa é fato, a aprovação pode mudar o rumo do país num tema tão complexo e que vinha sendo discutido em muitos governos e que mexe no ‘bolso dos brasileiros’. No governo Jair Bolsonaro, muito se falou sobre a Reforma, mas a medida não foi colocada em votação, mesmo com o governo representando maioria na Câmara.
Esta semana o presidente inelegível, Jair Bolsonaro, se desentendeu com o governador Tarcísio de Freitas, em reunião do partido. Bolsonaro se posicionou contra a proposta, já Tarcísio, disse que para o país era importante a aprovação e seria estranho o PL ser contra. “Nós não podemos perder a narrativa de ser favorável a uma Reforma Tributária”, disse Tarcísio. Contrariado, ele continuou ironicamente. “Se vocês acham que a Reforma Tributária não é importante, não vota”. E foi vaiado.
Na Câmara, os 20 deputados do PL que votaram a favor do texto foram chamados de ‘comunistas do PL’ em tom de brincadeira, pelos colegas parlamentares, o que arrancou risos do colegiado, inclusive do presidente da Câmara, Artur Lira (PP).