Uma pesquisa recente do Datafolha, encomendada pela Fundação SOS Mata Atlântica, mostrou que 75% dos brasileiros percebem os impactos das mudanças climáticas no cotidiano. Além disso, 98% dos entrevistados acreditam que o país sofre consequências pelo desmatamento da Mata Atlântica. Apesar disso, 78% demonstram otimismo quanto à possibilidade de recuperação das áreas desmatadas.
Os dados também revelam que mulheres (63%) e moradores de capitais (64%) sentem mais os efeitos climáticos. A importância de preservar a Mata Atlântica foi avaliada com nota média de 9,6, destacando-se entre jovens de 16 a 24 anos, onde 94% atribuíram notas entre nove e dez.
Afra Balazina, da SOS Mata Atlântica, ressalta a necessidade de recursos e vontade política para a preservação, além de ações de conscientização envolvendo principalmente os jovens.
Seis em cada dez brasileiros (58%) consideram muito importante o trabalho das organizações de preservação ambiental, mas 92% dos entrevistados não têm envolvimento direto com essas entidades. No entanto, 40% têm interesse em participar de iniciativas ambientais, com destaque para a faixa de 16 a 24 anos (47%).
Atualmente, restam apenas 24% da cobertura florestal original da Mata Atlântica, que está em grande parte fragmentada e em propriedades privadas. A Fundação SOS Mata Atlântica destaca que a restauração florestal é essencial para garantir serviços ecossistêmicos em uma região que abriga 70% da população brasileira e responde por 80% da economia nacional.
No primeiro semestre de 2024, houve uma redução de 55% no desmatamento da Mata Atlântica em comparação ao mesmo período do ano anterior, com 21.401 hectares desmatados contra 47.896 hectares em 2023. Luís Fernando Guedes Pinto, da SOS Mata Atlântica, destaca a importância do compromisso com a legislação de proteção para alcançar a meta de desmatamento zero até 2030.
