Na terça-feira (3), autoridades mexicanas prenderam mais de 5.200 imigrantes em uma operação nacional destinada a impedir a chegada deles à fronteira com os Estados Unidos. A ação foi realizada pelo Exército, pela Guarda Nacional e pela polícia, e faz parte de um esforço contínuo para atender às pressões dos EUA.
A movimentação de novas caravanas de imigrantes se intensificou em busca de atravessar a fronteira antes do início do novo governo, 20 de janeiro, de Donand Trump. Em promessas politicas Trump reforçou sua opinião a respeito dos imigrantes em território americano e enfatizou os processos de deportação em massa, afim de proteger os empregos dos americanos, conforme defendido pelo político.
De acordo com a Marinha, nos últimos 60 dias, já foram detidos mais de 350 mil imigrantes. Além das prisões que aconteceram nesta semana (4), foi anunciado pelas forças de segurança a apreensão de 1.1 toneladas de fentanil.
O fentanil é um opioide sintético extremamente potente, até 100 vezes mais forte que a morfina. Utilizado em ambientes médicos para tratar dores intensas, como em pacientes com câncer ou após grandes cirurgias, o fentanil também é conhecido por seu alto risco de abuso e overdose quando usado ilegalmente. Em 2022, 73.654 pessoas morreram de overdose de fentanil nos EUA, de acordo com dados do relatório Synthetic opioid overdose deaths (mostly fentanyl), 1999–2022.
O governo mexicano tem enfrentado pressões significativas dos Estados Unidos para evitar que imigrantes e drogas sintéticas, como o fentanil, atravessem a fronteira entre os dois países. O presidente dos EUA ameaçou aumentar as tarifas contra o México caso o país não adotasse medidas mais rigorosas para combater o tráfico de drogas e a imigração ilegal.